Alunos de diversas escolas do Rio começaram a visitar, na manhã desta quinta-feira (31), a primeira edição do Green Nation Fest, um festival interativo e sensorial que estimula o público a ter atitudes mais sustentáveis. Segundo o diretor do Centro de Cultura, Informação e Meio Ambiente (Cima), Marcos Didonet, o objetivo é que as pessoas saiam do festival com outra mentalidade.
O Rio de Janeiro recebe em junho a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.“Nosso objetivo é levar a sustentabilidade para o grande público. Para as pessoas que não estão acostumadas a discutir, vivenciar ou até a se engajar na questão ambiental. Hoje, ainda, esse tema parece ser complexo e distante das pessoas e o planeta exige a necessidade da grande massa, do grande público”, afirma Marcos.
Uma das grandes atrações do festival, que antecede o evento internacional, é o “Gol de bicicleta”, uma tenda onde os participantes pedalam e geram energia para o seu time. Além de conhecer e se aproximar de métodos alternativos de produção de energia, o visitante percebe que a união é fundamental para o sucesso da sustentabilidade no planeta.
“Estou aprendendo muita coisa aqui, como economizar água, não jogar lixo nas ruas, cuidar das nossas florestas e não poluir o meio ambiente. É tudo muito interessante e divertido”, afirma a estudante Maria Clara Peçanha, 14 anos, aluna do 9° ano do Ginásio Experimental Nilo Peçanha.
Segundo Didonet, o evento tem como meta chegar ao público de forma agradável, trabalhando, principalmente as paixões das pessoas. “Se você gosta de futebol, vem para cá fazer gols de bicicleta para o seu time e com isso vai gerar energia que vai iluminar outra instalação do festival. Se você gosta de cinema, vem para cá assistir um cinema mais engajado. Tem opção para todos os gostos, mas tudo é voltado para a questão da sustentabilidade. Você não só vai estar se divertindo, mas também está se informando, se formando e percebendo que você pode mudar de comportamento sem ser obrigado. Você muda de comportamento e percebe que é legal”, afirma o organizador do festival.
Outras atrações
O festival também tem outras atrações, como a Pegada de Carbono, onde, por meio de um sistema informatizado, cada participante poderá calcular a quantidade de gás carbônico que foi lançado na atmosfera para que ele pudesse chegar ao evento. O cálculo é feito em função do meio de transporte utilizado e a distância percorrida. Outras tendas que chamam a atenção do público são o espaço quis, onde eles testam conhecimentos sobre sustentabilidade e as oficinas lúdicas, onde crianças de todas as idades conhecem novas práticas de sustentabilidade.
Segundo o coordenador das oficinas, Jaime Pacheco, a principal ideia do espaço é trabalhar com a reutilização de materiais. “Utilizamos uma forma prática para a garotada aprender o impacto que determinadas atitudes podem trazer para o meio ambiente. Aqui na oficina eles usam materiais recicláveis para confeccionar materiais como livros de panos e diversos”, explica Jaime, ressaltando que a ideia é que os professores que estão acompanhando os jovens reproduzam os conceitos adquiridos no evento nas escolas.
Muda de árvore de presente
No final do evento, todos os visitantes são presenteados com uma muda de árvore plantada em seu nome no Parque Natural Municipal de Grumari, área de reflorestamento no município do Rio. São mais de 40 espécies distribuídas aleatoriamente. Além do certificado da muda, será entregue uma senha para que o visitante acesse o portal Nossas Árvores e conheça mais sobre a espécie recebida.
O evento, que está aberto ao público gratuitamente até o dia 7 de junho, das 8h às 17h, acontece na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio. Escolas que ainda não se cadastraram, mas que têm interesse em visitar o festival, podem agendar visita através do site da secretaria municipal de Educação.